Relatos do Metrô mostram tamanho da vitória no Oeste

Após empatar jogando mal, na partida de ida, em Nova Veneza, o metropolitano subiu a serra e foi até o oeste de Santa Catarina, passou por 14 horas de viagem para chegar a São José do cedro e buscar uma classificação difícil diante do bom Ypiranga, campeão da fase local do estadual.

Isso, por si só, já mostrava a dificuldade do confronto, mas algumas informações de bastidores mostram que foi tudo ainda mais complicado e se transformou num roteiro digno de um bom filme.
Na noite de sábado para domingo, fogos foram estourados próximos ao hotel onde a delegação do metropolitano estava, com o objetivo de atrapalhar o sono dos atletas e os deixarem cansados pro jogo do dia anterior. A medida é comum no futebol profissional e claramente não tem resultado, pois os atletas tem, além das horas sem foguetório da noite para dormirem, a manhã inteira do dia do jogo, realizado só às 15h, com deslocamento da equipe se dando por volta das 15h.

Em campo, mais dificuldade: chuva e lodo. Tanta água caiu na cidade que no segundo tempo a partida já foi com poças em boa parte do campo. O Metropolitano saiu na frente, com gol de Lalau, mas cedeu um empate num lance que em entrevista pós jogo, o goleiro Passarela considerou um erro seu. Algo que poderia lhe gerar críticas pesadas, não fosse o final, que conto daqui a pouco.

Lalau abriu o placar e se emocionou ao lembrar do tempo que ficou lesionado em 2021

Nas arquibancadas, a torcida também não teve paz. “O motorista do nosso ônibus levou um soco na costela”, contou uma fonte. O clima era tenso.

O jogo transcorria para o final e para uma disputa de pênaltis, até que o meia Marcinho fez o gol do 2 a 1 aos 44 minutos do segundo tempo, após linda troca de passes entre Jorge Mauá e Kiko, que deixou Marcinho pifado para mandar a bola para as redes. Mais festa e comemoração em campo, com direito ao retorno da provocação, do autor do gol e de Mauá, fazendo um sinal representando o foguetório.

Marcinho comemora gol aos 44 do segundo tempo

Mas, sempre tem um mas, aos 46 minutos o árbitro marcou um pênalti duvidoso para o Ypiranga, em carrinho na bola de Gustavo Simon, substituto do zagueiro Jessé, que levou oito pontos na cabeça após se chocar com Andrei, ainda no primeiro tempo.

Era um drama pro time de Nova Veneza, que via a classificação escorrendo, indo para a disputa de pênaltis, formato que deu título ao Ypiranga da fase Oeste do estadual. Mas, lembra que eu disse que sempre tem um mas, Passarela, o mesmo que errou o cálculo da bola no primeiro gol, defendeu a cobrança, foi muito festejado e aí sim, foi só esperar o tempo passar para celebrar e trazer pro sul do estado a classificação para as semifinais.

Passarela defende o pênalti e garante classificação

O Metropolitano agora enfrenta o Paissandu, de Palhoça e o primeiro jogo é neste sábado, na casa do adversário. O jogo de volta, em Nova Veneza, será dia 16 de Outubro.

Festa pós jogos com Jessé de cabeça enfaixada, motorista agredido, diretoria, comissão técnica e atletas
Fabrício Espindola

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