Metropolitano e Turvo começam no próximo fim de semana mais uma final, consolidando seus nomes na hegemonia no futebol regional pós Pandemia, com a terceira decisão consecutiva em quatro campeonatos.
O primeiro encontro valendo Taça foi no Regional da Larm de 2021, primeiro campeonato realizado após a pandemia parar competições em todo 2020 e até metade do ano seguinte. Em 2022, no primeiro semestre, foi a vez da Copa Sul. Ambas as competições vencidas pelo Turvo, com quatro vitórias nos quatro jogos.
O Metropolitano só vingou no Regional da Larm de 2022, mas na semifinal, quando eliminou o Turvo e foi para a decisão contra o Cocal do Sul. Agora, ambos se reencontram para decidir a Copa Sul mais uma vez e em momentos distintos.
O Turvo se reestruturou. perdeu dirigentes que auxiliavam na montagem do time e com alguns patrocínios, montou nova diretoria, teve troca de comando técnico, mesmo com presidente anterior e técnico anterior mantidos na diretoria atual. A montagem do time, no início do ano era uma incógnita, pois a maioria dos atletas que conquistaram Larm e Copa Sul também saiu. A criatividade foi necessária e a busca por jogadores de outras regiões, como no Rio Grande do Sul, a perda de atletas em meio a competição por lesão ou para o futebol profissional, também exigiram atenção. Mas, a partir da montagem do novo elenco e do sorteio da competição, os especialistas já indicavam Turvo como favorito a chegar na final no seu lado da chave. E assim o fez.
Turvo passou pelo Palhoça, de Morrinhos do Sul, RS, nas oitavas, empatando em 0 a 0 na ida e vencendo por 1 a 0 na volta. Passou pelo União, de Braço do Norte, vencendo por 3 a 2 fora de casa e perdendo pelo mesmo placar em casa, mas vencendo nos pênaltis por 4 a 3. E agora, na semifinal, enfrentou time da mesma cidade, o Paranaense, e venceu as duas, por 3 a 1 e por 2 a 0. Seu estádio, Eliseu Manenti, está em boas condições, especialmente o gramado, diferente de outras competições, e é um trunfo do time do técnico Zebra, em busca do bicampeonato.
Diferente, mas com mesmo destino
O Metropolitano manteve praticamente todo o time de 2022, com alguns reforços pontuais. Na última partida de semifinal teve escalados inicialmente nove titulares da final da Larm do ano anterior. De diferente, só duas peças: Shayder titular na zaga na vaga de Jessé, que voltou ao profissional. E Lalau, no meio campo, com Marcinho no banco, o contrário do que tinha sido feito no jogo do título.
A manutenção dos nomes para o técnico Luiz Gonzaga Miliolli, que chegou para a Larm e ainda não perdeu para o Turvo, lhe deu entrosamento e capacidade de conhecimento dos atletas para mudar peças durante o jogo, sabendo exatamente o que pode explorar de cada um. Com isso, o Metropolitano não passou trabalho até chegar na semifinal, apesar de não ter feito nenhum grande jogo. Na estreia empatou em 0 a 0 contra o Ouro Negro, de Forquilhinha, mas venceu na volta, em casa, por 2 a 0. Nas quartas de final, duas vitórias magras de 1 a 0 sobre o Vera Cruz, de Garopaba.
A semifinal merece um capítulo a parte. O Metropolitano foi melhor que o Içara nos dois jogos. Levemente superior na ida, quando perdeu de 1 a 0, gol do volante Jackson. E superior quase todo o jogo na volta, com exceção dos primeiros 15 minutos do segundo tempo, até a expulsão de Leandro Melo, suspenso para a primeira partida da final. A partir da expulsão e das substituições do Içara com medo de perder algum de seus ‘amarelados’ com segundo cartão e expulsão, Jackson, Maicon e Marcel, Gonzaga tirou seu lateral esquerdo, recuou Lalau para a função, colocou o volante Eduardo Meurer para proteger a defesa e o time se organizou, pressionou, até que conseguiu seu gol, em pênalti duvidoso, é verdade. O gol da vaga veio num contra-ataque puxado por Andrei. O craque do amador atualmente é, certamente, o grande candidato a destaque também da final.
Mesmo em momentos distintos, Turvo e Metropolitano se encontram novamente, reeditam o Clássico dos Arrozais e se colocam como os dois maiores times do amador na atualidade.