O Independente venceu de virada, por 2 a 1, o Novo horizonte na final do Campeonato Municipal de Santa Rosa do Sul 2025, na tarde do último domingo, 25, e conquistou o título da categoria titulares, a principal da competição, sua sexta conquista deste campeonato.
A vitória foi construída com retoeiros de drama, com um jogador a menos, erro defensivo no início e virada na reta final.
Logo no apito inicial do árbitro, com a saída de bola a seu favor, a equipe inicia uma troca de passes defensivos, normais nestes momentos dos jogos e, aos 16 segundos um passe do zagueiro Célito nas costas do volante Casa Lar fez ele tentar voltar para pegar a bola, pisar errado no gramado e escorregar. Marcel, centroavante adversário aproveitou, roubou a bola, avançou praticamente sozinho e já dentro da grande área, aos 20 segundos, finalizou de canhota, a bola passou entre o goleiro Filipi e a trave e foi morrer no fundo das redes. Era o início da tarde dramática.
Dois minutos depois, em jogada de ataque, Gil marcou de cabeça o que seria o gol de empate. Seria, pois o gol foi anulado por impedimento. Ainda no primeiro tempo, com muita pressão e correndo riscos no contra-ataque, o Independente marca de novo com Gil. E, de novo, gol anulado por impedimento.
Como se isso não bastasse, aos 46 minutos, o zagueiro Joelson fez uma falta no meio de campo e recebeu cartão amarelo. Aos 46 minutos e 40 segundos, fez uma falta para evitar o segundo gol do Novo Horizonte, numa roubada de bola no ataque e que deixou Lucas Oliveira de frente para o gol. Falta para amarelo, que era o segundo. E Joelson, capitão do time expulso.
O pacto no vestiário
No intervalo, no vestiário, o Independente teve longa conversa entre jogadores e comissão técnica. Aos prantos, Joelson lamentava a expulsão, enquanto o grupo se comprometia a dar, cada um, um pouco mais de si. “Se tínhamos que correr 100%, era hora de estar 110%”.
O pacto foi seguido ao pé da letra. A equipe voltou pressionando o adversário, dominou o jogo e parecia que era o adversário que tinha um jogador a menos. O Novo Horizonte que durante todo o campeonato demonstrava ser um time de contra-ataques, se armou assim novamente, mas sem tentar as escapadas. Se jogou de mais para a defesa e chamou o adversário.
O gol de empate era questão de tempo. E veio aos 25 minutos da segunda etapa, com Filipinho. Em uma jogada construída por ele mesmo, acabou cruzando forte de mais, a bola atravessou a área e do outro lado encontrou o incansável lateral André. Ele cruzou novamente, Felipinho dominou limpando o adversário e chapou a bola alta, sem chance para o goleiro André Athauan que, até ali, já havia salvado a equipe em outras oportunidades.
A virada veio dez minutos depois. De novo André na jogada pela direita. Mais um cruzamento, bola afastada pela defesa para a entrada da grande área e o volante Escobar dominou, sem marcação e finalizou também com de chapa. A bola nem foi muito no canto, mas André Athauan estava encoberto e quando viu a bola já estava passando por ele e indo para as redes.
O drama seguiu
Após sofrer a virada o Novo Horizonte foi pra cima, mas só conseguiu chegar com perigo em um lance. Lukinhas recebeu na grande área, deu um voleio e Filipi fez grande defesa. No rebote a bola sobrou pro centroavante Marcel, Filipi cresceu em cima dele e de novo fez a defesa, mandando para escanteio.
A partir dali, nenhum perigo e fim de drama com o apito final do árbitro. Festa no gramado para o hexacampeonato de um time que cresceu nas fases de mata e conquistou o título tendo Filipi como goleiro menos vazado e Felipinho como artilheiro da competição.
